Capital Moto Week é destino de todas as tribos de motociclistas

Entregador com grande história de superação realizou o desejo de participar do maior festival de motos da América Latina

O Capital Moto Week, há 20 anos, recebe motociclistas das mais variadas tribos. Do membro de motoclube e motogrupo aos que pilotam como meio de sustento, todos se unem em torno do amor às duas rodas no maior festival de motos e rock da América Latina. É o caso de Wellington Victor Pereira (30), que trabalha como entregador e realizou o desejo de conhecer o festival após ter um post mostrando o estado de sua luva viralizado nas redes sociais.

Entre hobby e trabalho, Wellington transforma a moto no seu meio de vida. Trabalha como entregador há quatro anos e, apesar da rotina corrida, ama admirar a paisagem e fazer amizades no caminho. “Ralo 12h por dia, mas sigo feliz e com a autoestima lá em cima. Gosto do meu trabalho”, revela. Em 2020, um grave acidente o fez repensar sua relação com a moto. “Fiz 7 cirurgias, fiquei em coma, precisei usar cadeira de rodas e falei: ‘nunca mais vou pilotar!’”, relembra. Após trabalhosa recuperação, percebeu que não conseguiria largar as duas rodas. Voltou a pilotar dando mais atenção aos equipamentos de segurança e reacendeu sua paixão.

Wellington se tornou fonte de inspiração para pessoas próximas e, atendendo a pedidos, criou o perfil @entregadorfocado, no Instagram. Com a ajuda da esposa, Ismara Vieira, ele posta sua rotina e motiva outros entregadores, mostrando suas conquistas e aprendizados. Graças ao perfil e à preocupação com a segurança, um post mostrando o estado desgastado de sua luva viralizou e ele foi chamado pela X11, marca especializada em equipamentos de proteção para motociclistas, para realizar um desejo de longa data: viver o Capital Moto Week.

No dia de seu aniversário, o maior evento de motos da América Latina se tornou o presente e destino na rota de Wellington, que participou do festival pela primeira vez. “Estou feliz demais, com o coração acelerado. Quero curtir os shows e ver gente do mundo todo”, contou, empolgado, o entregador exemplo de superação. Confira aqui a galeria de fotos do @entregadorfocado no CMW.

Se para alguns a moto é trabalho, para outros é terapia. É o caso de Davi Cury (43), integrante do Missionários Moto Clube, que alimenta a paixão pelas duas rodas desde a infância. Davi frequenta o Capital Moto Week pela segunda vez e comprou seu quinto capacete, o primeiro dentro do evento, um LS2 Scope, para auxiliá-lo nas estradas e acompanhar sua estadia até o apagar das luzes do festival.

Independentemente das rotas de vida, é no Capital Moto Week que o amor pelas duas rodas reúne todas as tribos. Para Davi, a vida em cima da moto é mais que um hobby: “Moto é liberdade, é ter contato com a natureza. Faz muito bem para o equilíbrio, humor e libera a mente do estresse. É a minha terapia”, conta Davi, que se juntou a milhares de motociclistas para curtir os 10 dias do festival.